Toquinho é um dos mais renomados músicos brasileiros, vencedor de dois Grammys latinos. Para Toquinho, o violão passou a ser o prolongamento do próprio corpo. A cada dia aprimora-se mais, como se o tempo agisse como companheiro e não como adversário. Tocar violão, para ele, é respirar com as mãos e é do violão que ele extrai o néctar capaz de garantir o lema dos seus dias: “só tenho tempo para ser feliz”. Tudo começou no ano de 1959, no limiar da Bossa Nova. A maneira transformadora de João Gilberto interpretar “Chega de Saudade”, com a sua inusitada batida de violão, estimulou Toquinho a aprender a tocar o instrumento. Aos 14 anos já tinha aulas com seu principal mestre, Paulinho Nogueira. Iniciou a sua carreira profissional na década de 1960 ao lado de grandes nomes da Música Popular Brasileira. Em 1970, iniciou com Vinícius de Moraes aquela que seria a sua mais importante parceria. Foram 10 anos de intensa criatividade com mais de 100 canções, cerca de 26 discos gravados e mais de 1000 concertos dados pelo Brasil e pelo mundo. Além dos mais de 85 discos gravados, entre LPs, CDs e DVDs, o palco sempre representou um forte alicerce da carreira de Toquinho. Sempre atento aos talentos das novas gerações, procura renovar os seus concertos com a presença de jovens vozes. Nesse sentido, desde 2016 realiza inúmeros espetáculos ao lado de Camilla Faustino, um talento incontestável que não podia escapar à perspicácia de Toquinho. O seu extenso repertório facilita a diversidade de cada espetáculo, possibilitando a Camilla revelar as várias nuances da sua voz. Dotada da versatilidade que lhe permite transitar por vários géneros musicais e de uma percepção melódica incomum, Camilla desempenha no palco uma performance que admite uma variedade de ritmos e uma harmoniosa sintonia vocal com Toquinho, sendo já também uma dos seus vários parceiros na composição. O público português poderá assistir a essa química artística na próxima edição dos Jardins do Marquês – Oeiras Valley, no dia 9 de julho.
